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Rafael Nadal mordendo o troféu do US Open 2013 |
Tradução de entrevista do tenista espanhol Rafael Nadal, nº 2 do ranking, depois de ter conquistado pela segunda vez o Torneio US Open, ao jornalista Juan José Mateo, do jornal espanhol El Pais.
O campeão toma depressa um suco de laranja. Sentado em um sofá, Rafael Nadal se levanta para desligar um rádio, que atrapalha a conversa com este diário sobre seu épico duelo com Djokovic e sobre os seus sentimentos desta temporada depois de sete meses de duro trabalho para superar uma lesão no joelho esquerdo. Enquanto isso o troféu do US Open descansa sobre uma cadeira.
El Pais: Desde que você voltou a jogar, somam 13 torneios disputados, 10 títulos, duas finais e uma primeira rodada. O que teria mudado em sua carreira se você jogasse antes com a agressividade de agora?
Rafael Nadal: Não sei se haveria conseguido tudo o que eu consegui. É vital que estejas preparado. O mais importante é que o seu jogo vá de acordo com a sua cabeça, porque seus golpes não podem ir mais do que sua cabeça esteja preparada para assumir. No passado eu não sei se eu teria habilidade para jogar assim. Se me vê jogar nos Jogo de Beijing 2008 (ganhou o Ouro), em Wimbledon ou aqui em New York em 2010, eu jogava muito agressivo também, a um nível muito alto de intensidade e agressividade. Agora eu estou exagerando mais, jogando um pouquinho mais à frente do que antes, porém minha carreira sempre progrediu por esse caminho. Evidentemente nos últimos tempos eu tive que acentuar um pouco mais. Não creio que seja uma mudança radical. Eu fui passo a passo.
El Pais: "Possivelmente ninguém arranca esse nível meu como Djokovic" você disse após vencer. Você se surpreenderia consigo mesmo se assistisse o vídeo dos melhores pontos? Talvez agora mais agressivo, quem sabe os golpes não podem ir mais rápidos que sua cabeça?
Rafael Nadal: Quando eu treino, quando trabalho, não posso chegar a fazer as coisas que eu faço quando em competição, o que no final sempre é surpreendente. O que se passa é que, por experiência, quando eu estou jogando bem, com intensidade, com confiança, eu sou capaz de