08 May 2013

Quarta-feira no Mutua Madrid Open tem Rafael Nadal e milhões de nadalistas

Rafael Nadal

Rafael Nadal, espanhol, natural de Manacor, perto dos 27 anos, n°5 do ranking, há alguns dias disse que não estava 100% e que poderia melhorar ainda mais seu jogo, mas agora ele disse que não espera ser o número 1 novamente e nem ganhar torneios e que trocaria alguns dos torneios que venceu neste ano por sentir-se melhor. 

Rafael Nadal ficou afastado do circuito do tênis por sete meses por causa de uma lesão no joelho esquerdo. Ele voltou a competir em janeiro e desde então foi campeão de quatro dos seis torneios que participou e vice nos outros dois.

Nadal, apesar de todos dizerem que ele reclama de tudo, que é marrento,  parece que voltou atrás para não parecer convencido ou pouco modesto.  Todos que conhecem o Touro Miúra sabem que ele não está 100% e pelo menos a torcida dos fãs, milhões deles, é pela recuperação total do maiorquino. Só Rafa sabe jogar tênis com paixão.  Só ele tira muita gente da cama para assistir seus jogos quando o fuso horário assim exige. 

Rafa Nadal não bajula fãs, mas todos que o seguem nas redes sociais sabem do seu carisma e de sua simpatia. Ele sabe dar atenção e todos se sentem agraciados com o seu carinho. Existe uma troca verdadeira nesse relacionamento. Difícil o dia que ele não escreva alguma mensagem para todos ou poste uma foto sua. Vemos ele torcendo pelo Real Madri, pelo time da Espanha, por todos os espanhóis que participam de alguma competição. Vemos Nadal escrever palavras de incentivo a colegas, a pessoas que ele não conhece. Ele sempre tem uma palavra de incentivo a algum radialista velho da Espanha que esteja no hospital. Ele é atencioso e generoso por excelência.

Nadal descobriu que não poderia continuar, que a lesão era grave, quando havia sido escolhido para carregar a bandeira de Espanha na abertura das Olimpíadas 2012. Foi uma comoção e todos nós que o seguíamos pelas redes sociais acompanhamos o seu drama e também o quanto ele foi atencioso e carinhoso com os espanhóis que estavam competindo. Isso mostrou uma faceta daquele cara marrento, fofa, pra não dizer, imitando a Hebe Camargo, gracinha. 

Muitas vezes percebemos as paixões do Touro Miúra. Uma delas é quando está na cidade de Nova York. Ele não se preocupa que vai parecer bobo, ele posta o quanto gosta quando está lá e sabemos que uma das salas de TV da casa dele tem uma parede inteira com uma foto de Nova York. Com isso os nadalmaníacos, os nadalistas, ou o que seja pra nos qualificar como FãsSeguidoresApaxonadosDoidoDePedraPorEsseEspanhol vamos nos derretendo cada vez mais e querendo participar de sua vida. 

Quem deve adorar isso tudo são seus patrocinadores. Toda a linha de roupas e acessórios com aquele símbolo de touro dele vende até para torcedores que não assistem partidas de tênis regularmente.  Eu conheço uma palmeirense que adora o maiorquino.

Rafael Nadal reside em um dos lugares mais bonitos da terra, em Porto Cristo, em Manacor, Ilhas Baleares. Ele posta fotos de sua casa, do local paradisíaco que vive e não esconde de seus seguidores que gosta de se meter na cozinha para fazer uma macarronada, ou seu prato favorito, camarões. 

Hoje, o n°1 do mundo, Djokovic, caiu em Madri. Não passou das oitavas de final. Claro que os fãs de Nadal não acharam bom. Que pena que Djoko se machucou. Mentira! Todos se sentiram vingados pela derrota de Nadal na final de Montecarlo. 

Amanhã vai ter milhões de corações nadalistas pequenos, apertados enquanto assistem o Touro se exibir na arena. Vamos gritar, vamos raquetar junto com ele, vamos fazer aquele gesto característico de quando ele marca um ponto e quando ele se jogar no saibro pela vitória, milhões de corações se arrebentarão naquela terra junto com ele. Quando ele chora por ter ganhado depois de tanto tempo parado perdemos a voz porque nos emocionamos junto.

Rafael Nadal vai jogar e milhões de amigos dele estarão junto com ele segurando aquela raquete. Essa é a força do Nadal. Essa é a graça de ser um seu seguidor. 

Vai Nadal. Que a força esteja contigo!


Bernadette S. Holvery